Noutro dia, eu estava na cozinha do meu local de trabalho e um colega passou por mim, indo ao banheiro. Ele me viu sentado, tendo à minha frente apenas um pote com salada. É que meu prato principal estava ainda no microondas. Quando ele retornou do banheiro, me viu comendo normalmente, e disse:
- Ah, bem! Achei que você só ia comer salada...
- Que isso! - disse eu. Se eu só comer salada, não emagreço!
Sabe aquela hora em que você diz uma coisa, e a outra pessoa leva alguns microssegundos para processar a informação enquanto fica com uma cara de surpresa? Foi o que aconteceu!
Para mim, essa foi uma das principais "descobertas" nesse início de reeducação alimentar: ficar sempre saciado é fundamental. A saciedade evita que eu "caia de boca" em alguma comida não planejada, torna todo esse processo de reeducação mais prazeiroso.
Estou usando essa informação a meu favor, como estratégia para não perder o rumo da minha dieta (reeducação alimentar). Há três momentos do dia em que sei que estarei mais suscetível a comer por impulso: 1) na hora que saio do trabalho e passo por uma lanchonete onde já comi muito sorvete (perto das 15h), 2) quando chego à rodoviária na minha cidade e passo por outra lanchonete onde já comprei muito biscoito (perto das 17h) e 3) quando as crianças finalmente dormem e eu posso relaxar um pouco em casa (perto das 21h).
Então, o que tenho feito? Simples. Minha estratégia é comer algo que me dê saciedade alguns minutos antes de esses "gatilhos alimentares" dispararem. Não preciso encher a pança. Uma fruta, uma barra de cereal já ajudam. Com água, é ainda melhor. E assim, quando passo por essas situações, estou mais fortalecido para não cair. Tão simples, meu Deus, como foi que eu não pensei nisso antes!
Tiro disso tudo duas lições. Uma, que é o assunto desse post, é sempre alimentar meu corpo antes de a fome colocar as garrinhas de fora. Outra é que o autoconhecimento, a atenção sobre os sinais do corpo, o pensamento estratégico devem fazer parte da minha nova rotina, até que tudo isso vire hábito.
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